Passei o resto do dia pensativa e tentando rever meus
objetivos em educar e amar minha
filha.
Voltei aos livros. Vou dar uma breve explicação. Desde que resolvi que um dia eu seria mãe busco literaturas que tratem do assunto educação dos filhos, principalmente os que abordam a educação cristã. Me pergunto: por que as pessoas estudam tanto na vida e pra tantas e quaisquer coisas mas se dedicam tão pouco para aprender a moldar o caráter de seus filhos? Muitos dizem que as crianças deveriam vir com manual de instrução, mas não buscam experiências de quem já viveu essa faze.
Bom, gostaria de relatar aqui um trecho de um livro que
inspirou meu modo de educar e que me aquietou o coração depois desta experiência
da mochila.
“O descuido dos pais ao negligenciar dar ocupações e
responsabilidades aos filhos tem resultado em indizível mal, pondo em perigo a
vida de muitos jovens e tristemente invalidando a sua utilidade... Cada criança
da família deve ter uma parte a desempenhar na responsabilidade do lar. E lhe
deve ser ensinado a desempenhar fiel e alegremente a sua tarefa. Se o trabalho
for distribuído desta maneira, e os filhos crescerem acostumados a levar as
responsabilidades apropriadas, nenhum membro da casa será sobrecarregado, e
tudo correrá agradável e suavemente no lar.” Ellen G White, Orientação da Criança.Não posso acreditar que a eu esteja comprometendo negativamente o desenvolvimento da minha filha quando lhe digo que é sua a responsabilidade de arrumar a mochila, conferir a lancheira e colocar ambas no carro. Acredito sim estar contribuindo para formação de seu caráter e oferecendo oportunidades de enfrentamento quando ela percebe as consequências de seus esquecimentos.
Aqui em casa cada um tem um dever no cuidado do lar além de
arrumarem suas camas. A Emanuele(6) arruma a mesa do café da manhã e varre o
chão da cozinha. A Gabriele(5) leva a roupa suja para a lavanderia e separa as
claras das escuras em seus respectivos cestos. O Isaac (3) me ajuda na retirada
do lixo para a rua. Tenho como objetivo aumentar-lhes as responsabilidades
gradualmente. Além disso, já ajudam nas refeições, na organização de seus
brinquedos e no cuidados dos animais.
Fácil não? Não, com certeza é difícil porque requer de nós tempo, paciência e muitas vezes arcar com as consequências do esquecimento. Mas também não seria tão bom, no fim das contas, caso fosse “molezinha”.
Coragem mães!
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