quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Eu proibo, e que venham as críticas!

Hoje ouvi na rádio um comentário sobre a influência de jogos eletrônicos no comportamento de crianças e adolescentes. O assunto parece batido, as pessoas não se sentem muito a vontade de falar sobre isso, e eu penso que em especial os pais, pois a maioria perdeu o domínio sobre essa situação em sua casa e com seus filhos. Porém, quando nos deparamos com noticias na mídia de crianças matando outros e se matando não há como não refletir o assunto.

Jogos de videogame e computadores não são novos, eu mesma em minha adolescência jogava. Mas em meus jogos aviões explodiam outros aviões, bichinhos comiam outros bichinhos e carros competiam entre si. Se parar pra pensar nenhum deles serviu para edificar o caráter de ninguém.
É sobre isso que eu quero falar hoje. Vivemos na era da informática, do virtual. Em um tempo onde tudo e qualquer coisa que se imagina podem virar realidade na tela de um computador, grande ou de bolso. Crianças são em sua vida virtual o que querem ser, fazem o que querem fazer e assim desenvolvem, dia a dia, seu caráter e sua personalidade e isso fará com que no futuro, muitos não saibam quem realmente são.

Pais ausentes, estressados, sem tempo, que tem uma ideia deturpada sobre educação principalmente para aliviarem suas mentes cheias de culpa são hoje, a grande maioria da nossa sociedade.
Pais que tem medo e incapacidade de corrigir seus filhos alegam motivos como:

- a lei da palmada me proíbe;
- já vejo tão pouco meu filho que quando estou com ele não quero brigar;

- já pago escola cara pra que os professores corrijam e ensinem meus filhos...
E as desculpas (imperdoáveis) vão estrada a fora.

Não seria hora de repensarmos o curso de nossas vidas? O que queremos ao formar uma família? Professores, babás, são capazes de formar o caráter do meu filho como eu faria se estivesse presente na vida dele? Seria verdade que depois de crescer e se tornar adulto seus maus hábitos se dissipariam com a maturidade e a responsabilidade que pais têm?
Você e eu; nossa geração não estará aqui para ver o resultado do que estamos plantando hoje ao colocarmos filhos no mundo para serem educados e formados mais pelo mundo virtual que pelo mundo do toque, do beijo, do carinho e muitas vezes das palmadas tão necessárias a meu ver.

Até hoje tive medo de falar sobre isso, mas em minha opinião existem SIM motivos para que crianças apanhem. Ao em vez de serem proibidos de darem palmadas, os pais deveriam ser ensinado a maneira correta de bater e de impor limites às suas crianças.
Hoje presenciei na saída da escola de minha filha, uma discussão entre uma mãe e sua filha. A menina que deveria ter no máximo 14 anos queria ir no banco da frete do carro e a mãe disse não em favor do filho mais velho que ocupava o lugar. A menina gritou chamando a mãe de chata: VOCÊ É CHATA. MUITO CHATA. A mãe de imediato perguntou se a filha gostaria de APANHAR na frete dos colegas e, pasmem, a menina disse: SIM EU QUERO. Pior que isso foi a impotência que a essa mãe demonstrou para resolver a situação.

Outra cena que presenciei foi na entrada de um hospital. Mãe e filha discutiam sobre algo até que a mãe disse para a adolescente: CALA SUA BOCA. Ao em vez de se calar a menina gritou para que todos ouvissem: CALA BOCA VOCÊ!! E a mãe se calou.
O que fazer numa situação dessas? Bom, eu diria que essas mães já estão alguns anos atrasadas. Respeito se constrói desde o nascimento da criança.

O que nossas crianças estão contemplando? Pais amorosos e presentes ou jogos que matam sem se importar com seu próximo? Mãe que largariam TUDO por amor e pra ensinar seus pequeninos a andarem em caminhos floridos e suaves ou mães que “não podem” abrir mão de suas vidas, mas que pagam “excelentes” profissionais para arrastarem seus filhos, seu bem mais preciso, por uma estrada movimentada, escura e cheia de monstros virtuais?
Não acho que seja bom proibir tudo na vida de meus filhos, mas se isso for necessário para que sejam pessoas felizes e completas vou SIM proibi-los, inclusive de participarem de uma festa de pijamas na escola se ainda forem imaturos pra isso. E que venham as criticas. Eu não vou passar minha velhice sentindo culpa por algo que não fiz enquanto a responsabilidade era minha.

 

 

 

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